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A marginalização do culto de Pombogira

Dentro do culto de Pombogira existem diversas controvérsias, muitos a veem apenas como um espírito de desejos carnais ou associam sua força à promiscuidade, esquecendo-se de que Pombogira é, antes de tudo, uma guardiã e que nem todas trabalhavam na noite, muitas eram damas da alta sociedade, parteiras, bruxas, curandeiras ou mulheres que tinham conhecimento em ciência e sociologia.
Seu arquétipo traz a força feminina que não se curva, que domina seu destino e que ensina, através da experiência e da coragem, o valor do amor-próprio e da autenticidade.

A marginalização da Pombogira reflete, em grande parte, o medo e a repressão de uma sociedade que, por séculos, condenou a liberdade da mulher e demonizou tudo o que fugia dos padrões impostos. Sua imagem foi apropriada e deturpada, transformando-a em um símbolo de luxúria descontrolada, quando, na verdade, ela representa a força feminina em seu estado mais puro e independente.

Ao compreendermos Pombogira dentro de sua verdadeira perspectiva, percebemos que ela ensina sobre empoderamento, equilíbrio entre prazer e responsabilidade, respeito às próprias vontades e ao destino que cada um escolhe traçar. Ela não corrompe; ela liberta. Não destrói; apenas afasta aqueles que não sabem lidar com sua intensidade.
Por isso a força da mulher é tão temida, pois é necessário conhecer esta energia para ativa-la, e assim trazer progresso e crescimento para sua vida, por isso, busque um sacerdote que tenha domínio sobre o culto de Kimbanda, no qual tanto Pombogira, como Exu são pertencentes.

Pombogira está ligada ao culto das mulheres, mulheres que se reunião na encruzilhada para realizarem rituais.

É fundamental resgatar o respeito por Pombogira e enxergá-la com os olhos da sabedoria ancestral. Sua presença é um chamado à autoaceitação, ao poder de decisão e ao direito de viver a vida sem amarras impostas por padrões externos. Ela não pertence à margem – ela está no centro da vida, nos cruzamentos das escolhas, dançando entre o sagrado e o profano, mostrando que a espiritualidade também é liberdade.

Comente Laroyê Pombogira se você respeita o culto das mulheres

Foto de Marcelo Alban

Marcelo Alban

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Sobre Mim

Marcelo Alban começou a desenvolver a sua espiritualidade desde a infância. Nasceu em um berço espiritualista onde foi caminhando nos estudos e se aprofundado na história das religiões e da alta magia. 

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