É importante sabermos que o culto de Jurema não existe somente no Nordeste do Brasil, ou que nesta região ele deveria sobreviver e ali morrer, pois antigamente, a prática da Jurema não era expandida para outras regiões, como Sudeste. Contrariando todos esses fatos, hoje existem várias casas, inclusive em São Paulo, onde se realizam trabalhos dignos de jurema, com liturgia e ritualística, que acabam somando as pessoas que ali cultuam de forma correta.
Jurema tem seu próprio culto, não é uma sociedade secreta, porém muitas pessoas que não a conhecem têm medo e um certo receio de enfatizar ser juremeiro, mas a jurema sagrada é uma religião que liga aos ancestrais, ou seja, está relacionada aos sagrados, tendo uma filosofia própria de vida.
O jeito certo de cultuar jurema é ir pela forma tradicional, frequentar a casa do juremeiro ou da juremeira, passando a participar da rotina diária de trabalhos.
Cada casa possui uma conduta e normas diferentes, o problema é que muitas pessoas gostam de monopolizar a cultura, criando assim barreiras para que outras pessoas cheguem, dificultando o acesso ao culto, reafirmando que se vive em matriz africana, reforçando o clima de competitividade e concorrência, que geram tantas polêmicas dentro dos terreiros.
Muitos acham que jurema é algo tão escondido, que seria como procurar ouro e confundem os cultos Umbanda e Jurema Sagrada, contudo, quando aprendemos sobre sua essência, entendemos o quanto podemos agregar valor.
A Diferença da Umbanda para Jurema. A jurema tem seus sacrifícios de batismo, de consagração e de tombo, quando o filho recebe seu anel de juremeiro, seu terçario, sua maraca e os 4 buzios de exu. Tudo bem invocado e bem assentado.
Dentro da umbanda sagrada, não se faz tombo de jurema. Se faz coroação de cabeça e lavação de jurema, todas as firmezas lavadas e bonitas.