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Por que existe o ‘oró

A vida espiritual africana está tão impregnada de ideias de imolações, que praticamente não se encontra em nenhuma parte do continente negro, povos cujas práticas religiosas não comportem sacrifícios de animais, pois o sacrifício é o principal elemento desta religião.
Entre os povos yorubas e nagô, o sacrifício, como ato religioso, assume o lugar central do culto.
No sacrifício mata-se um animal para oferecer na sua totalidade ou em parte ao mundo invisível.
A oferenda não implica na morte do animal, é oferta de dons, alimentos, primícias.
Também existe a oblação quando a vítima não é transformada, mas consagrada.
Separada converte-se em algo intocável e protegido pôr tabus religiosos.
Para o povo Banto o sangue é o veículo primordial da vida, derramá-lo, sacrificialmente, significa ofertar o que há de mais valioso, é comunicar-se pôr um veículo participável, é aniquilar-se religiosamente para recuperar em troca uma vitalidade maior, é suprir a exigência ou o fervor pessoal e comunitário de se imolar e de descarregar a culpabilidade, é conseguir um favor, é comungar ao invisível. Hoje sacrificam-se, sobretudo, animais domésticos: cabras, ovelhas, galinhas, patas, pombas, igbí, bois, vacas, e etc. O animal doméstico, propriedade do oferende prolonga o dono, uma vez que há uma participação vital e análoga entre o homem e as coisas que possui. Os animais mais sacrificados são os galos e as galinhas, pôr estarem ao alcance de todas as pessoas. Além disso, nenhum outro animal oferece tantas variações individuais com particularidades somáticas, cores e canto que variam de um exemplar para outro. Tudo isto é importante do ponto de vista do simbolismo religioso. Oferecem-se sacrifícios sempre que se deseja entrar em comunhão com outro mundo, o da divindade, criando um diálogo entre o tu e o eu. Todavia, quando se oferece algo aos que vivem no além deve ser transformado, “espiritualizado”, para poder ser recebido. Pôr isso imolar o profano para ficar sacralizado.
Alguns bichos têm como função de trazer a paz, dar caminho, esquentar uma relação ou trazer a calma de uma pessoa.
Exemplo:
O peixe que traz grande calma a orí devido ao seu frescor.
Já o galo que tem a terra como seu plano de segurança e traz isto ao consulente.
Mas o incrível e o pato que traz o equilibro em nossas vidas e força de lutar.
Para cada oferenda ou trabalho o zelador deve ver bem o que vai dar a cada orisá para não trazer uma força desnecessaria ao filho ou consulente.

Marcelo Alban

Marcelo Alban

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Sobre Mim

Marcelo Alban começou a desenvolver a sua espiritualidade desde a infância. Nasceu em um berço espiritualista onde foi caminhando nos estudos e se aprofundado na história das religiões e da alta magia. 

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