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Exu catiço?

Na realidade é Exu Castiço, o emprego do verbete “catiço é errôneo, é corruptela de castiço”. Seria um Exu de boa linhagem, (poderíamos dizer que esta entidade esta ligada à nossa ancestralidade e não ao nosso orisá de cabeça como acontece aqui no Brasil), um Exu de primeira linha, um rei dos Exus como: Exu Rei que é seguidor de Osalá. Exu Tata Caveira que seria seguidor de Obaluaiyê. Estes na realidade lideram outros Exus.

Mais vejamos o seguinte, algumas pessoas fazem referência a Exu castiço como empregado ou escravo de um determinado Orisá. E outras pessoas fazem referência a Exu como um Orisá, “neste caso seria Esú Otá Orisá ou Esú laalu, Ogirioko, Bakereodada, Areyinjulegunlo Ayigbin” (um emissário entre Ifá que é o dono do jogo com o Orisá a ser consultado). Portanto devemos respeitar o que cada um ou que cada Nação ou vertentes nos diz.
Devemos sempre notar que antes de começar alguma cerimônia ofertamos algo a Esú, esta tipo de ritual não que dizer que estamos mandando Esú embora que ele não é bem vindo, mas sim colocando ele como guardião e protetor de nossa casa, para olhar o que acontece na frente e não deixar o mal entrar na casa, dizer(despachar Esú esta errado,pois Esú não se despacha e outra coisa quando fazemos esta oferenda estamos cuidando de Esú elegbará e não o castiço que incorpora em nosso corpo. Este cuidara dos caminhos e tomará conta de nossa casa. As oferendas feitas a exu castiço são geralmente entregues em encruzilhadas, ruas de terra, matas, cemitérios cada uma conforme sua entidade pedir, geralmente fazem farofas com bifes acebolados, pimentas dedo de moça e muito mais. Os exus castiços são cuidados desta forma para nos ajudar no dia a dia, para proteção contra inimigos visíveis e invisíveis, para nos dar orientação e cuidar do nosso bem estar. Dizem que Exu castiço é empregado do Orisá, mais fica a critério de cada Casa ou Ilê, cada um com sua verdade. Pra mim eles são meus melhores amigos , meu leal confidente aquele me auxilia nos momentos de necessidade, que sempre tem uma resposta pra qualquer situação que esteja presente na minha vida cotidiana..

Aqui queremos mostrar qual a diferença entre nossos castiços, e Esú Orisá do yorubá.

Por que se vocês pegarem as traduções dos Ofós, Orikís e Itóns deste orisá ele tem uma finalidade totalmente diferente dos castiços brasileiros então abaixo vou dar alguns exemplos do que são os nossos castiços.

Por exemplo:

Exu Veludo oferece proteção contra os inimigos.
Exu Tranca Rua pode gerar todo tipo de obstáculos na vida de uma pessoa.
Exu Pagão tem o poder de instalar o ódio no coração das pessoas.
Exu Mirim faz trabalhos de amarração de amor e também tem a força de deixar as pessoas confusas
Exu Pemba é o propagador das doenças venéreas e facilitador dos amores clandestinos.
Exu Morcego tem o poder de transmitir qualquer doença contagiosa, ótimo para ser seu protetor
Exu das Sete Porteiras facilita a abertura de portas onde ninguém consegue entrar ele vai para te ajudar
Exu Tranca Tudo é o regente de festins e orgias.
Exu da Pedra Negra é invocado para o sucesso em transações comerciais.
Exu Tiriri pode enfraquecer a memória e a consciência.
Exu da Capa Preta comanda as arruaças, os desentendimentos e a discórdia.

ESÚ NO CANDOMBLÉ

Não se pode negar a importância de Esú, como mensageiro entre os homens e as divindades. Mas muito mais do que isso, Esú é símbolo do “elemento criado”. Criado da mesma matéria que Olodúmare criou o ser humano: a lama.
Um tema polêmico e confuso é a diferença que existe entre Esú do Candomblé, e as entidades que têm o mesmo nome, e que vêm nos terreiros de Umbanda. Mesmo os mais velhos de Santo, divergem quanto à origem de tais entidades. Tanto a diferenças que até no modo de escrita tem diferença (esu no yorubá se escreve com S e nossos exus castiço se escreve com X)
As Entidades que vêm nos terreiros de Umbanda, estão ligadas a ancestralidade. Tanto que em suas historias contadas eles relatam suas passagens aqui, em alguma época e local.
Esú no Candomblé ou no (Yoruba) está diretamente ligado a Orunmilá, e o sistema de divinação sagrada de Ifá. Deve ser tratado com o máximo de respeito e muitas oferendas propiciatórias.
Vale lembrar que Esú gosta da encruzilhada de três caminhos, que é de onde ele aceita, carrega, transporta e premia. Mas também vigia, adverte, recusa e pune.
Com a casa de Esú deve-se ter muito respeito, pois ela representa a encruzilhada de 3 caminhos, onde devemos ter uma visão mais clara e sábia possível evitando “certas atitudes” e “preconceitos” que prejudicam a relação com Esú, portanto, com a nossa própria energia vital.

Marcelo Alban

Marcelo Alban

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Sobre Mim

Marcelo Alban começou a desenvolver a sua espiritualidade desde a infância. Nasceu em um berço espiritualista onde foi caminhando nos estudos e se aprofundado na história das religiões e da alta magia. 

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